segunda-feira, julho 31, 2006

Amar = Insegurança

Será que quem ama é necessariamente inseguro...é que os extremos tocam-se de uma maneira. Querem ver? Se amamos mas somos seguros e independentes...aguentámos as vicissitudes das relações com uma leveza estranha. Um dia acusaram-me, bolas, mas tu não te importas com nada? E eu, bom não é nada que eu possa controlar, só faço a minha parte os outros que façam a deles! Normalmente esta postura, tem várias consequências, a primeira é que torna a outra pessoa insegura...e aparentemente isso é que é amar.
Não tenho grandes certezas mas... eu gostava que não fosse assim. Gostava de ter a segurança para ficar inseguro e amar, mantendo a minha segurança...a última parte já consigo, a primeira é que não sei.
Se alguém percebeu, comente, se não percebeu, comente....

4 Densidades:

Blogger Ísis Osíris said...

amar não é de todo insegurança: contudo segurança também não é sinónimo de amar. o berdadeiro seguro é capaz de amar com segurança. os estados de alma actuais são tais que até parece que amar de facto é insegurança.

n que fale de experiência pp! mas dizem as teorias da vinculação que o verdadeiro amor é que despoleta segurança de parte a parte.

n tenho tp para me explicar melhor!

7/31/2006 4:12 da tarde  
Blogger CoffeeCream said...

Não sei se compreendi muito bem o âmbito do post, mas aqui vai. Quem ama, ama. Há pessoas seguras que amam profundamente e pessoas inseguras que também amam do mesmo modo. E aqui posso desenvolver 2 linhas de pensamento.

Sobre a questão da independência já reflecti diversas vezes e acho que quando somos muito seguros e independentes e o outro não é a nossa independência pode ser sentida pelo outro como falta de amor. E aqui começa um processo circular: somos independentes, o que agudiza a insegurança do outro, o que o faz tentar controlar a nossa independência….. o que nos faz querer mostrar a nossa independência ainda mais...não vá alguém pensar em acabar com ela. A questão é que todos temos tendência para avaliar os comportamentos dos outros pelos nossos, pelo menos de forma espontânea, e é com algum esforço de racionalização que tentamos “calçar os sapatos” do outro e tentar ver as coisas como ele/a. Imaginemos que somos inseguros, e que , por exemplo, valorizamos a presença do outro a toda a hora e momento…naturalmente achamos que isso sim é o amor… gostar tanto que queremos sempre o outro a toda a hora presente. Se o outro não mostra o mesmo comportamento então pensamos que é porque não ama tanto. O problema é avaliarmos o comportamento dos outros pelos nossos parâmetros. Por isso algumas relações são tão fluídas e outras tão pouco. Porque há pontos em que se os dois forem parecidos é mais fácil.

Ao escrever isto dei por mim com outro pensamento, a propósito do “bolas, não te importas com nada?”. E acho que esta questão transcende a questão da independência e segurança. É que, por vezes, não sentirmos “exigência” da parte do outro faz-nos sentir que o outro não se está a dar totalmente à relação, que não está a contribuir para que ela evolua, para que melhore. Se vemos que há um problema mas para o outro está tudo bem, sente-se que o outro não está a construir a relação, que não se quer chatear…como se não valesse o esforço.

Mas lá está…tudo à luz dos meus parâmetros. E mais, podes ser independente, seguro e mesmo assim dizer….”bolas, não te importas com nada?” :)

7/31/2006 11:44 da tarde  
Blogger azul said...

muito em linha com o que eu próprio penso!

8/01/2006 12:47 da manhã  
Blogger ritix said...

freud blog

8/01/2006 5:27 da tarde  

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