quarta-feira, dezembro 27, 2006

um texto de alguém que outro alguém me enviou

"As we grow up, we learn that even the one person that wasn't supposed to ever let you down probably will. You will have your heart broken probably more than once and it's harder every time. You'll break hearts too, so remember how it felt when yours was broken. You'll fight with your best friend. You'll blame a new love for things an old one did.
You'll cry because time is passing too fast, and you'll eventually lose someone you love. So take too many pictures, laugh too much, and love like you've never been hurt because every sixty seconds you spend upset is a minute of happiness you'll never get back."

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Manuale d´Amore

Um filme italiano sobre o amor e sentimentos. Sobre as relações e algumas das suas fases: a paixão, a crise, a traição e o abandono. Um filme divertido, irónico mas também muito doce e profundo sobre sentimentos e relações. Gostei, muito.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

o borat e o cazaquistão...


Porque é que o o governo do cazaquistão se insurgiu contra o Borat e o governo do US&A permaneceu calado? Há dúvidas sobre qual o país que é achincalhado por este magnífico filme? OK, reconheço que o Cazaquistão pode estar representado de uma forma muito caricata e extremamente exagerada...
Para os US&A, a abordagem é mais pró realista...

domingo, dezembro 03, 2006

democracia internacional


Não há como uma passagem por um aeroporto internacional para nos reduzir a nossa mais reduzida e redutora insignificância, uma massa de seres humanos anónimos. No início, ainda temos algum espaço para nos sentirmos mais ou menos importantes: um chega de táxi, outro de metro, outro de carro de aluguer, outro em viatura prórpia, porsche último modelo. No check in, começa já a haver alguma uniformização, com alguma distinção de classes. Os executivos com mini-filas e tapete vermelho, os outros sem tapete e com montes de gente à espera... details. Mas depois vem a passagem "para o outro lado" e aí toda a gente é igual a toda a gente! E cada dia que passa somos mais iguais! Haverá algo mais democrático que humilhação em grupo?
Uma fila enorme para passar os seguranças e mostrar o cartão de embarque. Enquanto isso, um funcionário do aeroporto com um belíssimo sotaque cockney vai dando ordens, com ar importante, as velhas ordens, as novas ordens. Tudo sobre como devemos proceder para passarmos o mais anonimamente possível pela zona de segurança. A última coisa que queremos nesta situação é dar nas vistas, já que isso implicaria apalpação com luvas de borracha e a bagagem de mão inspeccionada, expondo a desarrumação, roupa interior e os sabonetes roubados no quarto de hotel. Estamos todos ali... todas as nacionalidades, todas as profissões, as grandes mentes, os grandes atletas, os burros, os nabos, os parvos, os bons, os maus, os velhos, os novos... todos! Sem poder sair, sem ter qualquer opção! Se quero estar em casa daqui a 6 horas, tenho de aguentar tudo isto! Até mesmo as piadas do outro segurança que tenta ser simpático enquanto nos tira uma fotografia com a câmara digital. Já não chega a foto do passaporte, já não chegam as 300 vezes por dia que somos filmados quando estamos no UK...
Depois de uma hora, conseguimos passar da porta... já só falta o detector de metais e a visão raio x! Sinto-me um bonequinho de um jogo de computador que tem de ultrapassar uma série de obstáculos. Agora, um outro segurança vai distribuindo-nos pelas várias zonas de inspecção... tipo gado, a ser encaminhado para para as ordenhadeiras automáticas. As expressões das pessoas variam: o ar "casual" a ouvir o ipod, o ar irritado e indignado, há quem meta conversa com o vizinho da fila, há quem simplesmente observe obsessivamente os outros e ouça interessadamente as conversas alheias, sem qualquer pudismo. Qualquer coisa que nos faça sentir minimamente humanos numa situação tão desumana...
Chega a minha vez... é a cereja no topo do bolo! Ponho as coisas na esteira, obdientemente: tirei o portátil da mala, os líquidos num saquinho separado, tirei o casaco e pus as coisas pequenas nos bolsos. Tento passar, não me deixam! Faltam o cinto e os sapatos! Fico irritada, podre por dentro, apetece-me gritar e atirar com os sapatos à cara de alguém! Fico com pena de não ter trazido uns ténis que cheirassem muito a chulé! Tenho de lembrar-me para a próxima! Mas entretanto não faço nada para além de lhes mandar um olhar de desprezo "Are we still doing shoes?" Os funcionários discutem se é suposto ou não tirar os sapatos... há filas onde não o estão a fazer! Se eles não sabem, quem sabe! Acrescento um abanar de cabeça e um olhar reprovador, para me humanizar. Enquanto restituo a minha dignidade, calçando os sapatos e os restantes adereços, olho para miúda que vem atrás de mim, com um bebé de 5 ou 6 meses num canguru! Também ela teve de se despir, calçar... E PROVAR O CONTEÚDO DE TODOS OS BOIÕES DE COMIDA DE BEBÉ E DE LEITE QUE TROUXE PARA A CRIANÇA! SIM! TOOOOOOODOOOOS! Fiquei à espera para ver se iam passar o bebé na esteira! Mas não, ainda não se lembraram dessa!

Passo esta fase e sinto-me cansada irritada, humilhada, violada, indignada, aparvalhada... e tantas outras coisas! Parece-me tão ridiculo mas sinto-me tão impotente! As asneiras que se fazem em nome da segurança. Procuro ver as coisas com algum humor, tentando imaginar que novas coisas vão inventar para podermos andar de avião: fazer o pino, andar ao pé-coxinho, usar apenas roupa com flores!? Já sem humor nenhum penso qual será o limite... o nosso limite!